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23/10/2018   /   Dra Carla Carioni /   Constelação Familiar

Processos sistêmicos e crenças limitantes

Quem não tem uma crença limitante aí, levanta a mão! Entender os processos sistêmicos que formam nossas “verdades” e como podemos driblá-los é fundamental para atingir um estado de plenitude na vida.

Nós temos a ilusão de que somos livres e pensamos por nós mesmos. Sim, isso é uma ilusão. Quando nascemos, um cenário inteiro já estava construído, pelas vivências e crenças de nossos antepassados, nosso clã familiar e nossa sociedade. Pense bem e tente enumerar tudo em que você “acredita”. Depois medite sobre cada crença. Certamente você vai se surpreender questionando, ao menos algumas. Isso porque, sem “despertar”, vivemos um pouco no piloto automático. Acreditamos que, seguindo as regras estabelecidas, estamos a salvo. Afinal de contas, para quê fazer parte da turma dos esquisitos da sociedade, certo?

Estudiosos do mundo inteiro questionam-se constantemente sobre tudo que acontece e Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar, é um deles. Isso chama-se ciência, mesmo quando fala de nosso intelecto e de nossas emoções. Se o cenário em que somos inseridos ao nascer fosse perfeito, seríamos, então, todos plenos e felizes, certo? Mas, então, por que há tanto sofrimento, tanta diferença e tanto desgosto no mundo?

Porque essa coisa de que as regras servem para nos proteger é, primeiro, uma grande mentira. As regras servem para manter algo que está ali, que é conhecido, mas elas não nos garantem proteção emocional. E, depois, vamos combinar, que regras que regem verdades, crenças e emoções não podem funcionar para todo mundo, simplesmente porque todo mundo é diferente.

Somos únicos e, portanto, temos uma constituição emocional e mental, que vão interpretar as crenças, que são só nossas.

 

O que os processos sistêmicos têm a ver com as crenças limitantes?

Você sabe como nascem os paradigmas? Basta que uma pessoa tenha vivido algo e tenha transmitido os desdobramentos disso – seja alegria, seja tristeza, seja coragem, seja medo, para aqueles que vieram depois. Assim, se alguém na sua família, há gerações passadas, sofreu uma desilusão amorosa e passou o medo de se relacionar para seus filhos, pode ser que essa crença, que é limitante no sentido em que já nos coloca com o pé atrás diante de alguma experiência, de que amar gera sofrimento, faça parte do seu conjunto de crenças.

Isso basta para que seus processos amorosos sejam vistos como desafios, e inclusive para que você fuja deles. Ou ainda pior: que busque relacionamentos desastrosos, inconscientemente, para continuar “comprovando a teoria” do seu sistema de crenças. É assim que ele se perpetua, não exclusivamente pela verdade, mas, principalmente, pela tentativa da mente e comprová-la.

A Constelação Familiar é um dos processos de cura que nos permite ficar frente a frente com o começo de tudo, onde a crença surgiu, ou como ela nos foi passada. Nos permite olhar para ela e perceber que ela não é real, que não nos pertence. Com o tempo, as crenças são ressignificadas e passamos a ser questionadores e a abraçar novas formas de ver o mundo. Mas isso só é possível quando nos damos conta e quando estamos dispostos a questionar e a receber a verdade de braços abertos.

 


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