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29/10/2018   /   Dra Carla Carioni /   Constelação Familiar

O poder do inconsciente

O que conhecemos sobre a nossa própria mente é apenas a ponta de um iceberg. Guardamos tanta informação em nosso inconsciente, que é preciso estar disponível para acessar informações profundas se quisermos realizar uma autotransformação.

Por definição, inconsciente é um termo psicológico que, em um primeiro momento, define o conjunto de processos mentais que se desenvolvem sem intervenção da consciência e o qual alguns autores preferem, inclusive, chamar de não-consciente. Aquilo que conhecemos, que nos é familiar, quem somos, nossas escolhas, nossas preferências, estão, normalmente, na mente consciente. Nesta, nos sentimos seguros, porque agimos com o que é reconhecidamente nosso. Mas nossa mente consciente é apenas a ponta de um iceberg. A grande parte das informações gravadas na mente fica lá, no inconsciente, um desconhecido que, ainda assim, pode direcionar nossos passos.

Quando iniciamos um processo terapêutico, costumamos sentir receio, muitas vezes até medo, de nos surpreendermos profundamente com o conhecimento que acessamos sobre nós mesmos. Isso porque costumamos encontrar respostas ou explicações plausíveis e conscientes, inclusive para nossas ações e escolhas que destoam do senso comum ou do que nós mesmos, e os outros, esperam de nós. Então, “achamos” que fazemos determinada coisa por determinado motivo. A terapia, muitas vezes, nos mostra que existem motivações muito mais profundas e latentes que podem emergir ao serem trabalhadas.

No caso do trabalho de Constelação Familiar, é notória a importância do inconsciente, tanto para acessar informações que não estão disponíveis nos nossos processos conhecidos ou então no banco de dados da mente consciente,(subconsciente), quanto para realizar as transformações necessárias, depois que se inicia a trazida de informações à consciência. Acessando esse lugar que fica, geralmente, escondido, é que começamos a por em pratos limpos muitas lacunas com as quais vivemos, que nos causam dor, mesmo sem que tenhamos exata consciência disso.

 

O inconsciente e a Constelação Familiar, um trabalho de parceria.

Segundo muito bem explica Bert Hellinger, o criador da Constelação Familiar Sistêmica, nós estamos conectados à história dos nossos antepassados por uma consciência moral. É como se tivéssemos que afirmar, atestar as experiências passadas, sejam elas boas ou ruins, para nos sentir honrando ao nosso clã. E, claro, isso acontece de forma totalmente inconsciente, a não ser que você busque entender seus comportamentos e a origem deles.

Nosso comportamento inconsciente de confirmação das ações e situações passadas nos mantem leais aos destinos e aos pensamentos do sistema familiar. Quando quebramos o ciclo de sofrimento, por exemplo, nos sentimos culpados, porque parte de nós acredita que está sendo desleal a todos os que sofreram antes de nós. Por isso, o trabalho de limpeza de crenças e de motivações é tão profundo, precisa ser feito com amor e leva seu tempo, próprio de cada um, para acontecer.

Somente quando honramos o passado, e entendemos de onde viemos (Lei do Pertencimento), aceitamos que as experiências anteriores nos fizeram quem somos (Lei da Ordem) e iniciamos um processo de cura e de comportamento consciente (Lei do Equilíbro), é que deixamos de ser guiados pelo passado, aprendemos com ele e retomamos as rédeas de nosso próprio futuro.


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