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28/06/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Tomar os pais no coração

Nós costumamos idealizar nossos pais, imaginando que serão pessoas sem defeito, e nos ressentimos com suas falhas, chegando a tirá-los do nosso coração. Um erro grave, que pode nos afastar do sucesso e levar a uma vida sem propósito. Saiba por quê.

Tomar os pais no coração talvez seja uma das tarefas mais difíceis das que nos sãos concedidas quando nos conectamos com o trabalho de Constelação Familiar. Costumamos idealizar nosso pai e nossa mãe, imaginando que são pessoas sem defeitos e, por isso, nos ressentimos com suas falhas, nos magoamos quando não agem como esperamos. Mas eles são apenas pessoas, como nós, com suas qualidades e seus defeitos, seus sonhos e seus fantasmas e mais, com todo o emaranhado familiar que veio antes deles.

Entender esse panorama nos faz ser mais complacentes com seus erros e começar a acolher, com uma postura menos julgadora, o que veio deles. Que foi o melhor que puderam nos oferecer. Deles, recebemos as moedas de que precisamos para a vida, e cabe a nós utilizá-las da melhor maneira. Como moedas, não entendemos algo material, mas os ensinamentos, os sentimentos, as crenças, as heranças emocionais e filosóficas.

Podemos acreditar que as moedas são poucas, podemos achar que deveriam ser diferentes, mas não as aceitar nos impede de viver plenamente o nosso sucesso pessoal, causa exclusão e dor, e o processo de volta pode ser longo e doloroso. Quando aceitamos que aquilo que recebemos era o melhor que nossos pais podiam no ofertar, começarmos a retornar. Iniciamos a abertura das portas do nosso coração, para tomar os pais como são.

 

Tomar os pais é o mesmo que aceitar o sucesso em sua vida

Bert Hellinger diz que o processo de crescimento acontece quando incluímos, ou seja, quando tomamos aquilo que nos é dado. Isso não significa que temos que vivenciar as dores ou seguir as verdades de nossos pais. Temos que honrá-los, aceita-los como são e escolher nosso próprio caminho. Na Constelação, a mãe é o nosso encontro com o feminino, com a prosperidade, com a proteção, e o pai, o encontro com o masculino, com a ação, o sucesso e a liberdade de ser quem somos.

Quando negamos uma ou mesmo as duas faces dos nossos pais, estamos negando isso em nós mesmos e não permitindo que nossos hemisférios masculino e feminino se complementem, nos fazendo seres completos e felizes. Tomar os pais no coração é receber o que lhe foi possível nos dar. Tomar os pais no coração é permitir que a vida fale por intermédio do sistema e nos coloque no devido lugar, onde sempre devíamos estar.


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