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17/07/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Quando procurar ajuda?

Nosso ato de maior coragem talvez seja entender quando não conseguimos mais resolver nossos fantasmas emocionais sozinhos e buscamos por ajuda. Mas qual é a hora certa?

Na verdade, não existe hora certa para buscar ajuda. Cada um de nós sabe a medida da sua tristeza, da sua dor, da sua angústia. O que acontece é que, muitas vezes, temos vergonha e receio de dizer: eu preciso de alguém para me ajudar. Temos como princípio que isso é sinal de fraqueza, quando não é: talvez seja nosso maior ato de coragem, aceitar que já não podemos seguir sozinhos e que precisamos de ajuda para seguir em frente.

Realizar uma Constelação Familiar, embora seja algo muito simples e sem contraindicações, exige uma dose de coragem. Quando nos colocamos frente a frente com nossos fantasmas emocionais, descobrimos um emaranhado de sentimentos, muitos deles “herdados” do sistema familiar, e que nos provocam as mais diversas reações. Talvez seja por isso que muita gente foge de terapia: medo de confrontar suas verdadeiras emoções.

Já tive pacientes que tinham medo da mudança, medo do novo, do diferente, receio do que os outros vão pensar. Até por isso, as terapias, na maioria das vezes, acontecem em sigilo. Com a Constelação, não precisa ser diferente. Exatamente por isso é que temos as opções de constelar em grupo ou de forma individual, com a utilização de bonecos. A evocação das emoções, o confronto com o arquivo sistêmico de crenças e verdades acontece da mesma forma.

 

Mas quando é hora de buscar ajuda, efetivamente?

Voltando ao nosso tema, quando sabemos que é o momento de procurar ajuda? Quando nossos problemas se repetem a ponto de não sabemos mais como agir, quando somos assolados constantemente pelos mesmos sintomas e dores, quando nossa angústia nos sufoca o peito, quando não conseguimos mais dormir, ou comer ou trabalhar normalmente? Eu acredito que, quando chegamos em pontos extremos como esses, a volta para a casa, ou seja, o retorno ao nosso estado emocional próprio e natural, se torna mais difícil.

Por isso, minha sugestão é: não espere a situação ficar tão terrível a ponto de você se ver obrigado a buscar ajuda. Sinta se aquilo já está tirando você do seu eixo, se já está afetando seu dia a dia, se está impedindo que suas relações fluam normalmente.

Mesmo que de forma leve, já é possível entender que ali tem algo incomodando, perturbando, tirando a paz. Tudo que é cíclico fala muito sobre nós: o mesmo problema voltou? A mesma dor está de novo a te atingir?

Comece a confrontar o problema antes que ele se torne grave demais.

Busque ajuda.


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