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08/08/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Qual o papel de quem participa de uma Constelação em grupo?

Participar de uma Constelação Familiar em grupo pode ser um ato de coragem. Quem vai para ajudar acaba sempre sendo transformado, de alguma forma. Entenda por quê.

O papel de quem participa de uma Constelação Familiar em grupo é de extrema importância. Precisamos, primeiro, entender os motivos que levam uma pessoa a fazer parte de um grupo desses: pode ser que a pessoa esteja lá para servir de apoio a um familiar ou amigo, pode ser que esteja no caminho de autoconhecimento e entenda esse ato como um passo a mais em seu crescimento. Pode ser apenas por curiosidade? Pode, já que não é vetada a participação, em princípio, de nenhuma pessoa. Mas, as diferentes motivações que levaram a pessoa até lá não necessariamente interferem no fato: cada um que participa de uma Constelação sai transformado.

Quando nos deparamos com questões de ordem sistêmica e familiar, mesmo que não sejam nossas, facilmente nos conectamos emocionalmente com fatos semelhantes que ocorreram conosco. Não é difícil encontrar participantes de Constelações que voltam, depois, para completar o trabalho de auto transformação: foram tocados pelo tema, algo foi mexido dentro deles, talvez no subconsciente, mas o fato é que já não são mais os mesmos. De alguma maneira muito íntima, embora o assunto constelado não tenha sido deles, esses participantes se conectaram com emoções e memórias gravadas bem no fundo, e agora querem, também, entender o que se vai dentro deles.

 

Mas, então, como saber de que Constelação participar?

Na verdade, não há, por via de regra, como saber. É preciso dispor-se a ajudar, a ser peça no quebra-cabeça, no jogo de xadrez que acontece em uma Constelação. É juntando peças e conectando histórias que as memórias vêm à tona, filhos entendem pais, pessoas endurecidas vêm seus corações sendo remexidos por crenças e memórias que não necessariamente são suas, mas que fazem parte do arquivo que, silenciosamente, guia seus passos.

Quando estamos dispostos, acredito que somos levados até onde precisamos estar. De alguma forma, já somos conectados à energia que precisamos desprender ou absorver, e, por isso, participamos sempre do grupo certo, seja para ajudar o outro, efetivamente, a se entender, seja para que nós mesmos, tocados pelos assuntos abordados, possamos nos encontrar, ou ao menos iniciar um caminho até a fonte de nossas emoções.

Participar de uma Constelação Familiar nunca é um erro. Talvez, para aqueles que assim o fizeram apenas como coadjuvantes sintam-se desconfortáveis ao perceberem que, naquele palco, também são atores principais. Porque não esperavam por isso. Mas, uma vez tocados pela emoção, as portas se abrem para que novas experiências comecem a acontecer. O ideal, em casos desses, é Constelar também, mesmo que depois de um tempo, após terem absorvido mais suas próprias sensações sobre o assunto. De qualquer forma, ninguém sai ileso, sem ser profundamente emocionado, de uma sessão em grupo de Constelação Familiar.


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