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11/09/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Constelação Familiar em parceria com Psicoterapia, pode?

Há quem imagine que a Constelação Familiar precisa ser utilizada em detrimento de outras formas de tratamento. Eu afirmo: a técnica pode ser uma excelente coadjuvante para trabalhos de psicoterapia. Veja por quê.

Constelação Familiar em parceria com a psicoterapia, pode? Pode, sim! Inclusive, uma técnica não é utilizada em detrimento de outra, mas, sim, como coadjuvantes, para ampliar as possibilidades de recuperação e fornecer dados mais amplos e até mesmo consistentes para o trabalho de reorganização da energia da pessoa.

Quando recebemos um paciente no consultório, geralmente, tendo uma queixa, não necessariamente, um sintoma. Uma das vantagens de utilizar a Constelação Familiar é ampliar o leque de possibilidades e de informações e chegar, de uma forma mais concreta, ao (s) sintoma (s) propriamente dito (s).

O psicólogo ou psicoterapeuta olha para a queixa, seja ela uma depressão, uma dificuldade pontual de conquistar algo, uma situação que precisa ser vencida. Com a Constelação, existe uma visão mais ampla, que consegue determinar se a queixa tem um sintoma singular, que pertence apenas ao paciente, em si, ou se ele é uma repetição de situações do sistema familiar.

Por exemplo, pode ser uma separação conjugal, e descobre-se que estão ocorrendo separações na família há 2 ou 3 gerações, ou abuso sexual, da mesma forma. Como a Constelação nos coloca frente a frente com os problemas oriundos do sistema, a tomada de consciência é quase imediata. Existe uma ampliação do olhar sobre a situação e o sintoma praticamente salta aos olhos. E aí, sabemos exatamente o que tratar.

A Constelação e a psicoterapia, juntas, ajudam a entender se o problema é do sistema, se é uma repetição de sintomas já existentes, se é algo com foco apenas no paciente, que atinge apenas a sua vida, ou se ele está começando a criar um emaranhado no sistema. Ou seja, é um trabalho que evita, inclusive, que novos processos traumáticos venham a ocorrer, inclusive com outras pessoas do sistema familiar.

A abordagem sistêmica é tão importante, ao meu ver, para o trabalho psicoterapêutico, que costumo, inclusive, realizar movimentos sistêmicos no próprio consultório, mesmo sem que haja, necessariamente, uma Constelação. Isso faz com que o paciente entenda as origens dos problemas que acredita serem seus, ou que tome posse daquilo que realmente lhe pertence.

Essa autoresponsabilidade faz com que os tratamentos sejam altamente eficazes e que o tempo de reabilitação diminua consideravelmente. Constelação Familiar com psicoterapia é uma forma de ampliar a visão e facilitar processos de cura. Nada exclui, tudo se complementa.


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