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27/09/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Origens da Constelação Familiar

Se você ainda não conhece as origens dessa prática terapêutica que vem ganhando cada vez mais adeptos no mundo, chegou a hora de desvendar seus caminhos e explicar por que a terapia sistêmica familiar opera maravilhas em tantas vidas.

 

As origens da Constelação familiar remontam da teoria dos Campos Morfogenéticos, de Rupert Sheldrake, um biólogo britânico, que serviu de base para os estudos de Bert Hellinger. Foi o olhar amoroso de Hellinger, alemão que viajou o mundo e empreendeu estudos diversos para encontrar soluções que pudessem ajudar a resolver problemas relacionados às origens emocionais do ser humano. Sua maior contribuição para a humanidade, até o momento, foi o método psicoterapêutico com abordagem sistêmica não empirista, ou, das Constelações Familiares.

 

As constelações são um serviço à vida, nos permitem descobrir a dimensão sistêmica oculta que direciona nossas decisões, nossas emoções e nossos destinos. Graças a estas tomadas de consciência, somos capazes de reorientar nosso dia-a-dia para mais vida, mais saúde, mais amor. Para uma maior realização. Por um lado, permitem uma abertura da consciência que, por sua vez, cura a nossa vida. Nos ajudam a estarmos mais vivos, na força e na responsabilidade do adulto, a estarmos centrados, no respeito e na gratidão.

 

E, com isso, nossas vidas começam a mudar. Por outro lado, a ferramenta baseada na representação de outros, sem saber nada deles, desde o centro vazio, apenas impulsionados por um lento e silencioso movimento curador, permite uma cura profunda, frequentemente surpreendente e rápida, de qualquer sofrimento de nossa vida.

 

Um pouco de história sobre a Constelação Familiar

Quando Bert Hellinger deu-se conta dos resultados operados pelo método de “esculturas familiares”, já usado por Virginia Satir na década de 1970, e que já haviam sido observados no psicodrama de Levy Moreno, viu que ali havia uma ordem que poderia ser seguida para conseguir trazer à tona velhos padrões de comportamento e códigos de crenças que orientavam inconscientemente a vida das pessoas.

 

No caso das “esculturas familiares”, o método já era muito parecido com o das constelações: uma pessoa estranha, chamada para representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa representada, às vezes, tendo exatamente os sintomas físicos da pessoa que ela representa. Isso sem saber absolutamente nada sobre pessoa representada.

 

O que acontece é que, com a representação espontânea das pessoas acontece uma consciência sobre intenções e motivos que levaram a comportamentos. E essa consciência é o primeiro passo para a cura. Por isso se diz, nas Constelações, que o próprio constelado é o autor da cura, e o constelador funciona como uma ferramenta, orientando o processo, mas sem interferir nos desdobramentos que ele ocasiona.

 

O trabalho de Hellinger ainda foi permeado por algumas outras teorias, como a da evolução dos “campos morfogenéticos”, formulado pelo biólogo britânico Rupert Schaldrake, que é uma memória coletiva à qual cada membro da espécie recorre e para à qual cada um deles contribui; e a Mecânica Quântica, com seu conceito da “não localidade”, pelo qual duas partículas distantes podem coordenar suas ações sem trocar informações. Isso explica comportamentos idênticos aos familiares do constelado identificados nos participantes da constelação, mas sem que haja contato ou conhecimento entre eles.

 

Ao analisar os resultados de todas as técnicas pesquisadas, Hellinger entendeu que muitas questões de seus pacientes estavam intimamente conectados a comportamentos e destinos de membros anteriores da família. Criou, a partir dessa observação, as ordens primitivas simples, ou as ordens do amor, que seriam a própria consciência que nos anima, de forma inconsciente, repetindo padrões de comportamento e reproduzindo o destino de outras pessoas da mesma família.

 

Quando o método ganha o mundo

A dramatização de conflitos familiares permite trazer à tona questões pontuais mal resolvidas, como mortes precoces, perdas, desavenças que foram guardadas no subconsciente, mas que agem diretamente sobre nossos comportamentos e ações. Os resultados são tão incríveis que o método, além de ser usado em consultórios terapêutico com grande sucesso, está sendo incorporado a práticas de justiça, sendo utilizado como parte de processos de reconciliação, por exemplo.

 

Quer conhecer mais? Já participou de uma Constelação Familiar? Entre em contato e saiba o que esse método de grande poder terapêutico tem a oferecer.


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