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07/12/2019   /   Drª Carla Carioni /   Constelação Familiar

Dar e receber: os dois verbos no caminho do amor

No modo de vida contemporâneo, onde as relações pessoais acabam sendo atravessadas por grandes demandas de trabalho, pouco descanso para ouvir e conversar com o outro e altas expectativas de encontros de sucesso, dificilmente nos concentramos para refletirmos acerca do modo como nós próprios temos nos relacionado. Como construir relações saudáveis nos meios em que vivemos? Como manter equilibradas relações amorosas ao longo do tempo? São essas questões que se fazem presentes desde uma breve conversa com um conhecido até as sessões de psicoterapia. Amar e ser amado é um aprendizado que requer paciência, escuta e a disponibilidade para atravessar processos de cura e libertação emocional. 

 

O trabalho com Constelações Familiares, nesse sentido, atua de forma precisa e generosa, trazendo à luz questões sobre as quais sozinhos não conseguiríamos nos aproximar ou até mesmo elaborar e compreender. Nas constelações, o passado, o presente e o futuro de um casal estão entrelaçados com orientação direcionada para uma solução apaziguadora de traumas e conciliadora com o presente. 

 

Nessa forma de compreender as nossas relações, os relacionamentos nos quais nos envolvemos apenas darão certo se forem aceitos e respeitados tudo aquilo doado por relacionamentos anteriores. Mulheres e homens estão ligados à sua família e relações antigas por emaranhamentos que se estendem e persistem ao longo de toda uma vida. Ligações que podem ser especialmente dolorosas e pesar na relação do casal. Entender como se dão essas dores e liberá-las envolve um processo de compreensão em torno do “dar” e do “receber” como aprendizados no caminho do amor e deixar a zona de uma paixão cega.

 

Tanto para o homem quanto para a mulher é preciso, para viver saudavelmente um relacionamento, seja um matrimônio ou um namoro, aceitar tudo o que foi dado pelo companheiro da relação anterior. O processo de aceitação envolve também dizer ao antigo companheiro que sua entrega e doação são reconhecidas, acolhidas e recebidas com amor. Assim como também compartilhar com o parceiro que se inicia uma nova jornada o espaço para o cuidado, a entrega e a escuta tanto para fracassos quanto grandes alegrias. Assim, na consumação do amor, cria-se um vínculo liberado de traumas do passado e aberto para um futuro próspero e abundante. Dar e receber nos ensinam, dessa forma, que o amor persiste quando persistimos no equilíbrio, felicidade e bem-estar de nossas relações. 


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