Quando tudo pode estar presente da maneira como foi e como é, nós experimentamos isso como plenitude. Algumas vezes falta algo para que as coisas estejam como nós a imaginamos ou queremos que elas sejam, então choramos pela ausência, choramos pela falta e separação, pelo vazio que assola nossa alma. O choro, no entanto, não é algo negativo, mas uma possibilidade de reciclarmos nossos sentimentos e emoções. Para que nossos estados se renovem devemos, no entanto, chorar acordados e com amor, totalmente presentes, é o que nos ensina o método das Constelações Familiares de Bert Hellinger. Mas, como, afinal de contas, estar conectado ao presente? Essa questão é uma permanente ao longo da vida de todo ser e por isso mesmo trata-se de um aprendizado e práticas cotidianas.

Nas constelações mostra-se que uma das nossas principais riquezas em estar vivo é a possibilidade em viver o aqui e agora. A vida desabrochando no presente. Para que isso aconteça é necessário que façamos um trabalho de consciência, o que implica saber que tudo na vida tem consciência, uma existência própria e singular, e faz parte de um sistema, uma ordenação da vida. Ou seja, essa consciência nos une, pois ela se estende para além de nosso ser individual: está nas nossas relações com outras pessoas, com a natureza, com o que fazemos no mundo, com nossa profissão e também com nossos bens materiais como o dinheiro e imateriais como uma memória carregada de muito afeto, por exemplo. 

Quando um indivíduo se isola, muitas vezes por atravessar momentos difíceis, como a perda de um ente querido, o fim de uma relação importante, o desligamento de um cargo ou até mesmo por vivenciar um período de ansiedade e depressão, é como se ele estivesse distanciado desse todo no qual a vida flui e cresce. Há uma sensação de se estar distante do que é essencial, um sentimento de vazio e muitas vezes desconfortos físicos que fragilizam a saúde e nos levam ao adoecimento. 

Ao movimentarmos nossas vidas na busca dessa consciência, começamos a perceber que nossos anseios já não nos paralisam mais, mas se transformam em calma e entendimento para seguir com nossos objetivos. Também o modo como nos relacionamos se dá de maneira mais ampliada, fortalecida e amorosa, e assim, nos tornamos mais generosos e benevolentes. Meditar, praticar esportes, estar próximo daqueles que nos fazem bem é o início de um caminho para compreender e vivenciar essa consciência saudável. E para aprofundar o desenvolvimento dessa consciência, o espaço de práticas das Constelações Familiares, orientadas por terapeutas estudiosos da obra de Hellinger, é acolhedor, cuidadoso e profissional. A chance em estar integralmente presentes na vida é uma possibilidade única de desfrutar nossos encontros de forma próspera e serena, por isso o autoconhecimento será sempre um caminho benéfico para todos aqueles que escolherem despertá-lo de forma alegre, responsável e consciente.